Ontem,
ao comentar um post do blog “Ovelha Negra”, onde a
Teresa aborda uma questão cuja conotação tende a ser chata, complexa,
por vezes pouco positiva e muitas vezes envolvida em contextos até bem
difíceis, dei por mim a recordar o significado desta palavra, que tanta
força pode ter na nossa mente, a Dieta!
A palavra Dieta deriva do grego antigo e na sua génese tem como significado “modo de vida” ou “forma de viver”. 
Mesmo
que involuntariamente, talvez isto explique o porquê de cada vez mais
pessoas assumirem que as dietas formatadas, sejam prescritas por
técnicos habilitados, sejam fomentadas em livros da moda, ou sejam
até aconselhadas por um amigo que faz dieta há 15 anos e já as testou a
todas, podem não se aplicar ao nosso organismo e forma de estar. Talvez por isso sejam tão desmotivantes e raramente levadas a cabo.
Também
fiz as minhas dietas ao longo do meu crescimento, não que precisasse
efectivamente de emagrecer, mas porque entendia que nunca estava
bem fisicamente. Mas de facto ficava-me sempre pelas tentativas, nunca
levei nenhuma restrição alimentar até ao fim.
Se
actualmente todos nós podemos estar munidos da informação nutricional essencial para, conscientemente, sabermos o que o nosso organismo
necessita e agradece, ou prescinde e tende a rejeitar, estamos também
mais do que preparados para saber o que devemos consumir de forma a que a
nossa alimentação seja a mais adequada possível ao nosso bem estar e amiga do nosso corpo e espírito.
Dieta é isto: Modo de Vida! 
A
partir daqui, naturalmente, que os pecadinhos também fazer parte. Mesmo
que o corpo a curto, médio ou longo prazo não goste, a mente pede e sente-se feliz com
isso. Logo, cabe a cada um de nós interpretar as dicas que o corpo vai lançando e seguir o caminho que melhor entender.
Pessoalmente
não consigo abdicar de alguns alimentos que sei de consciência serem
absolutamente prescindíveis e até nocivos para o nosso corpo, mas 
acredito que um dia lá chegue, DESDE que isso me faça bem e feliz.
O post vai longo mas não podia deixar de o concluir com uma receitinha onde esta relativa ambiguidade se manifesta.
As favas que ainda por cá andavam precisavam ser consumidas e, juntando o útil ao super agradável, saiu este folhado verde e delicioso. Um pecadinho que, confesso, tendo alguma dificuldade em suprimir da minha alimentação, vou doseando da melhor forma.
(PS: a tema “exercício físico” fica para um próximo post)
 
 
FOLHADO VERDE COM RICOTA
(4 pessoas)

INGREDIENTES

1 placa de massa folhada fresca rectangular
150 gr de favas
200 gr de espinafres
1 alho francês
2 dentes de alho
1 cebola média
1 queijo ricota
1 ovo pequeno
Azeite
Água
Vinho branco
Sal
Pimenta
Mangericão
Tomilho
PREPARAÇÃO
Pré-aquecer o forno a 200º.
Descascar, lavar e preparar os legumes.
Cortar as folhas de espinafre ao meio e o alho francês às rodelas e reservar.
Colocar um tacho ao lume com um fio generoso de azeite e fazer um estrujido com a cebola os alhos picados.
Quando estiverem amolecidos juntar as favas. Deixar refogar um pouco e acrescentar 1/4 de copo de vinho misturado com 1/4 de copo de água. Temperar com sal, pimenta e tomilho e deixar cozer até as favas começarem a amolecer, cerca de 4-6 minutos, dependendo das caraterísticas das favas.
Acrescentar o alho francês, deixar cozinhar mais 2 minutos e por fim acrescentar o espinafre e envolver bem. Deixar cozinhar mais um pouquinho só para os espinafres amolecerem, rectificar temperos e retirar do lume.
Retirar a massa folhada da embalagem, abri-la no tabuleiro de ir ao forno, mantendo o papel vegetal original e rechea-la, ao centro, com o preparado de legumes. Acrescentar por cima o queijo ricota grosseiramente desfeito, folhas de mangericão fresco cortadas e fechar a massa, sobrepondo as duas laterais.
Pincelar a massa folhada com um ovo batido misturado com uma colher de sopa de água, e polvilhar com tomilho.
Levar ao forno até a massa estar douradinha, cerca de 15-20 minutos.
Retirar do forno e servir.
Nota: é suposto as favas ficarem um pouco desfeitas para criarem um ligeiro puré, que vai ligar os vegetais e favorecer a textura do recheio.

De entre muitos blogs que por diversos motivos tem investido num tipo de alimentação mais saudável, espreitem estas iniciativas:
http://limited-edition-since2012.blogspot.pt/2014/04/desafio-receita-saudavel-1-risotto-de.html

http://prazeressaudaveis.blogspot.pt/2014/03/1-aniversario-blogue-passatempo-do-1.html