Trufas de Beterraba, Côco e Baunilha
O formato trufa saudável é algo que há muito se vê. Mostra-se pratico e perfeito para trazer na carteira e matar aquele bichinho que nos chateia entre refeições, sem sentirmos que estamos a comer porcarias, pois efectivamente não estamos mesmo.
Curiosamente durante imenso tempo não me despertaram grande atenção. Achava-as algo chatas, não sei bem, mas o facto é que nunca me puxou fazê-las.
Pois quando resolvi testa-las não parei mais. É a realidade! E acabam por me atrair mais do que as barras ou bolachas.
O que mais gosto nelas? A versatilidade e a saúde, sem qualquer dúvida.
Recordo que as primeiras que fiz foram de amendoim e côco, e gostei tanto que tem sido experiência atrás de experiência, nem sempre tão bem sucedida, confesso.
Então depois do meu filho ter adoptado estas como lanche favorito (como ele diz: “xou louco por elas”… e é mesmo!), todas as semaninhas saem dois ou três versões para os snacks.
Adoro o facto de terem uma estrutura simples, que basta ser entendida para nas próximas ser sempre a andar, de serem rápidas e fáceis de fazer, de se controlar a qualidade do que lá estamos a por e a quantidade de doce, de durarem imenso tempo bem conservadas (ainda que desapareçam rapidamente). E volto a referir, a sua enorme versatilidade, que me mostrou que monotonia não existe mesmo neste formato.
Lamento apenas ainda não ter comprado um processador à altura, pois a minha trituradora qualquer dia chateia-se com tanto trabalho e pressão.
Estas trufas especificamente surgiram com um duplo objectivo. Por um lado trazer a beterraba lá para casa, pois é assumidamente legume não grato, e por outro criar uma trufa alusiva ao Dia dos Namorados, onde a cor e intensidade se coadunassem com o “evento”. Pela simplicidade de execução e pelo carácter do resultado final mereceram bem a partilha.
Para quem gosta de beterraba são perfeitas. Para quem não gosta mas quer dar uma oportunidade a estas coloridas trufas há dois aspectos essenciais a considerar: não fazê-las demasiado grandes pois podem enjoar, e deixa-las umas boas horas no frio antes de comer. Acreditem que faz toda a diferença.
Eu não gosto mesmo do sabor a terra da beterraba, daí arranjar sempre forma de disfarçar esse aspecto. Pois estas meninas bem fortes e aromáticas convenceram-me, DESDE que bem frescas!
Fica a sugestiva dica de umas trufas diferentes, que podem ser apresentadas simples ou revestidas a chocolate negro (muito melhor!), que com certeza abrilhantarão a noite de S. Valentim.
A mesa de Fevereiro da Marta não pode sair menos brilhante e estas bolinhas lindas seguem directamente para lá, pois a baunilha desempenha aqui um grande papel.
TRUFAS DE BETERRABA, CÔCO E BAUNILHA
Ingredientes
(11-12 trufas)
120 gr de caju natural, ligeiramente tostado
6 castanhas do maranhão
6 tâmaras medjool ou 8-9 normais
3/4 de chávena (chá) de côco ralado + para cobrir
3/4 de chávena (chá) de beterraba crua e ralada
1 pitadinha de gengibre em pó
1 colher de sobremesa de extracto de baunilha
Chocolate negro em barra (70% de cacau) qb
Preparação
Começar por retirar o caroço às tâmaras, corta-las em pedaços pequenos e mergulha-las num pouco de água morna durante 15 minutos.
Num processador/trituradora colocar o caju, as castanhas e o côco e triturar muito bem até ficar uma mistura fina e o mais uniforme possível. De seguida acrescentar as tâmaras (bem escorridas), a beterraba, o gengibre e a baunilha e voltar a triturar até estar tudo bem envolvido e começar a colar ligeiramente, numa espécie e pasta granulada.
Colocar umas luvas finas para não tingir as mãos, pegar em pedaços de massa e moldar pequenas bolinhas/trufas.
Passa-las por côco ralado ou por chocolate negro, previamente derretido.
Guardar num recipiente hermético. Conservam no frigorífico cerca de 2 semanas.
Comentários
Inês Ginja
Que cor linda!!
Adoro trufas do bem, são sempre boas e óptimas para aqueles momentos em que precisamos de um kick a meio da manhã ou tarde. Eu adoro beterraba, por isso de certeza que ia gostar, e ainda mais com a cobertura de chocolate 🙂 yes!!
Um beijinho.
Paula Vieira
Que delicia de sugestão, colorida e majestosa. Acha que aguentam 2 semanas no frigorífico? Eu acho que não… vão desaparecer muito antes…
Beijinhos
CatarinaR
Posso usar beterraba cozida?
Rosa Santos
Amiga, experiência concluída e ótimo resultado. Desta vez não coloquei o nome do blog, terá sido esse o motivo?? O importante é que posso deixar a minha opinião 🙂
Adorei estas trufas, lindas, coloridas e bem gulosas. Parabéns Susana, pelas lindas partilhas que nos presenteias.
Beijinhos
Avelã
Eu também ando na luta com a beterraba, mas fiquei convencida com estas trufas! Ficaram com uma cor incrível (o atributo melhor que a beterraba tem).
Só fiz trufas uma vez, umas (se bem me lembro) não-tão-saudáveis de amendoim. Estas cheias de ingredientes bons para a saúde deixam-me tentada a experimentar 🙂
Marta Dionísio
Olá!
Tenho-te de te confessar que sempre tive a ideia das trufas serem uma coisinha pequena e enjoativa. E não é que a minha opinião seja fundada, uma vez que nunca comi nenhuma. Depois da tua descrição e explicação, se calhar depois de fazer ou comer a minha opinião mudaria por completo… em relação à beterraba já sou o oposto de ti 🙂 gosto dela exatamente pelo sabor térreo. Então se for crua, misturada numa salada, acho-a irresistível.
Acredito que a baunilha seja um elemento bastante importante nesta receita, que é tão vibrante em cor e certamente em sabor.
Mais uma receita fabulosa, como nos tens vindo a habituar, e que vai ficar deslumbrante na nossa, tão aromática, mesa de fevereiro.
Beijo ENORME
Marta
Simone
Parece delicioso! Vou testar!