Frank Sinatra, The Voice                                           Fonte: Google

Quem se preocupa com a Voz? Diria: muito poucos.
Falamos e pronto! Por isso podemos levantar ou baixar a voz,
cantar, sussurrar, gritar, murmurar… Sempre sem pensar nas exigências que estamos a
impor às nossas cordas vocais e a que condições as estamos a sujeitar. Como é
evidente é tudo natural, instintivo e imediato. Falamos e pronto!
Mas se quisermos manter as nossas cordas vocais minimamente saudáveis, podemos tomar
algumas medidas, entre as quais a alimentação intervém com a sua cota parte, para o garantir. 
Hoje, Dia Mundial da Voz, pareceu-me interessante compilar o que
de melhor, ou menos mal pelo menos, podemos fazer por este instrumento fundamental, dos mais essenciais que
o nosso corpo nos oferece. Medidas que estão ao nosso alcance e no nosso controlo.  
Isto sem nenhuma intenção pedagógico-científica (muito longe disso), apenas porque aprecio uma voz bonita, cuidada e bem colocada, e porque alguns períodos intermitentes de rouquidão extrema e repentina me perturbaram durante algum tempo. 
Posto isto, e só através dos nossos hábitos alimentares, como podemos ser mais amigos do que nos permite verbalizar o que pensamos e sentimos, dialogar ou simplesmente monologar?
Encontramos na hidratação a base para umas cordas vocais estáveis e saudáveis.
Dizer que a cafeína e o álcool, só por si, são prejudiciais para a voz
porque desidratam o organismo e como tal as cordas vocais, parece-me excessivo.
Dois cafés por dia e uma cerveja ou um copo de vinho não são o suficiente para desidratar ninguém. Naturalmente, aqui a moderação é o ponto chave.
Várias referências ao mel, ao chá de gengibre e limão ou ao chá de romã surgem. São tradicionalmente consideradas bebidas benéficas para a voz, mesmo que cientificamente nada o prove. 
O gengibre e o mel porque apresentam propriedades anti-bacterianas, prevenindo assim infecções. Refira-se no entanto que o gengibre apresenta a particularidade de ter também efeito anestesiante, um factor pouco amigo da voz. 
As bebidas deverão ser sempre consumidas à temperatura natural, considerando os efeitos nocivos dos choques térmicos para as cordas vocais.
O que é já senso comum relativamente ao consumo diário de água aplica-se também aqui: 8 a 10 copos será o ideal.
As gorduras saudáveis, fornecidas pelos peixes gordos, azeite, abacate, nozes, amêndoas ou sementes de linhaça, por exemplo, porque tem a capacidade de evitar inflamações que possam prejudicar o funcionamento da “caixa de voz”, isto é, a abertura e encerramento das cordas vocais, são grandes aliados da nossa voz.
Os anti-oxidantes, fornecidos pelos frutos vermelhos, legumes de folha verde, nozes, cacau, chá verde e alcachofra, por exemplo, surgem indicados na condição de inibidores de infecções que prejudicam a voz, como gripes ou constipações, que fomentam alterações ao nível do sistema respiratório, originando irritação e rouquidão.

Curiosamente a maçã é considerada benéfica para a voz na medida em que tem um efeito adstringente e limpa o trato vocal. Ao passar pela laringe vai limpando, promovendo maior conforto e tornando a voz mais clara uma vez que também evita a secura.
Assim como os alimentos cítricos que ajudam a eliminar secreções.
Concluindo com os alimentos a evitar por quem faz da voz o seu instrumento essencial de trabalho (os restastes… à vontade!):
– Chocolate, Lacticínios e derivados, pois aumentam as secreções;
– Comidas muito condimentadas, porque irritam as mucosas;
– Alimentos promotores de refluxo gástrico ou mais irritativos para o estômago – carnes gordas, enchidos, bebidas gaseificadas, álcool, café.  
E como acção preventiva, todos aqueles alimentos que reconhecidamente enfraquecem o sistema imunitário – produtos processados, açucares, refrigerantes, cereais brancos.
Como receita ideal para acompanhar e rematar este post que já vai bem longo, sugiro:
Fonte: Google
 
Fonte: Google, artigos diversos.